Com a evolução da ciência tem-se vindo a perceber que determinados fatores podem influenciar a nossa possibilidade de conceber e, após a efetiva conceção, guiar o desenvolvimento desse novo ser. Nada de isto é certamente novo para ti. É, aliás, uma das razões para a gestação ser um momento-chave de auto-análise no que toca à alimentação e estilo de vida. Alguns investigadores creem que isto acontece porque a fase de pré-conceção e gestação pode gerar, em algumas mulheres, uma incerteza e preocupação sobre a sua própria identidade como (futura) mãe, colocando em perspetiva a sua vida, e particularmente, a sua nutrição.
Esta consciencialização faz com que a gestação seja um dos poucos momentos da vida em que as mulheres estão capazes de modificar hábitos, como hábitos alimentares que até agora se tinham demonstrado difíceis de alterar.
Se estás grávida, ou a pensar engravidar, e vieste ler este artigo, provas o que escrevi.
Mas, numa era em que temos toda a informação à distância de um clique, porquê que não temos as grávidas todas no pico da sua saúde a parir bebés com a melhor programação metabólica (à luz da ciência existente)? Porque está mais do que provado que informação não gera necessariamente (mudança de) comportamento. Para viver (e criar) uma vida em plena saúde física e mental, é preciso mais do que saber o que se deve fazer. É preciso estar motivado para tal, é preciso ter o apoio adequado à nossa situação e, de preferência, que não tenhamos de fazer quilómetros, porque sabemos que nesta fase da vida eventualmente a deslocação torna-se mais difícil.
Procurar recomendações iguais para todos na internet não serve. Planos alimentares iguais para todos não serve. Profissionais de saúde em áreas isoladas não serve. A saúde é um todo.
Aproveita esta fase tão bonita e importante da tua vida e rodeia-te de quem mereces.