Síndrome Disfórica Pré-Menstrual

A síndrome de tensão pré-menstrual (TPM) e a perturbação disfórica pré-menstrual (PMDD) estão associadas às mudanças hormonais que ocorrem no corpo da mulher, a PMDD é uma forma mais grave de TPM.

Sabe-se que cerca de 50 a 80% das mulheres experienciam pelo menos alguns sintomas de TPM, e a síndrome em si ocorre em aproximadamente em 30 a 40% das mulheres em idade reprodutiva que relatam sintomas de TPM. Já a PMDD estima-se que afete entre 3 a 8% das mulheres em idade fértil.

A TPM é um conjunto de sintomas emocionais, físicos e comportamentais que afetam muitas mulheres durante a segunda metade do seu ciclo menstrual, geralmente uma ou duas semanas antes do início da menstruação. A intensidade e os tipos de sintomas podem variar consideravelmente entre as mulheres, sendo que a TPM pode interferir na qualidade de vida.

Como já referido, os sintomas podem variar, mas os mais frequentes são: 

• Sintomas Emocionais: Irritabilidade, maior ansiedade, depressão, oscilações do humor, hipersensibilidade emocional e dificuldade de concentração.
• Sintomas Físicos: Inchaço abdominal, dor mamária, dor de cabeça, fadiga, alterações do sono, ganho de peso e alterações no apetite.
• Sintomas Comportamentais: Comportamento impulsivo, alterações no apetite (especialmente desejos por alimentos ricos em açúcar e carboidratos), isolamento social e aumento da ingestão de álcool ou tabaco.

As causas não estão totalmente compreendidas, mas sabe-se que estão relacionadas com as flutuações hormonais (variação dos níveis de estrogénio e progesterona) que ocorrem no corpo da mulher durante o ciclo menstrual.

Além disso, as estimativas da hereditariedade variam entre 30% e 80%, sendo que o componente mais estável dos sintomas pré-menstruais é estimado como cerca de 50% hereditário. Outros fatores como o stress e as mudanças neuroquímicas também podem desempenhar um papel na TPM.

A TPM pode ter um impacto significativo na qualidade de vida das mulheres, pois os sintomas podem afetar o bem-estar, o desempenho no trabalho ou na escola e as relações interpessoais. 

Apesar de poder ter um impacto prejudicial na qualidade de vida, a TPM não é considerada uma doença grave. No entanto, em alguns casos pode ser necessário intervenção médica.

As possibilidades de tratamento podem passar por mudanças no estilo de vida, ao fazer exercício físico regular, manter uma dieta saudável, melhorar a gestão do stress e diminuir o consumo de cafeína e álcool; a psicoterapia, numa abordagem cognitivo-comportamental, pode também ser eficaz na redução dos sintomas mais emocionais da TPM.

Já nos casos mais graves, pode ser necessária a prescrição de fármacos, como antidepressivos, diuréticos ou contracetivos orais para contenção dos sintomas.

A PMDD é uma forma mais grave, e menos frequente, de TPM, sendo que os sintomas da PMDD são semelhantes aos da SPM, mas são muito mais intensos e podem ter um impacto muito maior nas suas atividades diárias e qualidade de vida.

Os sintomas da PMDD podem incluir todos os sintomas da TPM, como dor mamária, inchaço abdominal, alterações de humor, irritabilidade e problemas de sono, podem ainda ocorrer episódios de compulsão alimentar. 

As causas também não são exatamente conhecidas, mas estarão relacionadas com as flutuações hormonais. São apontador fatores ambientais como estando associados à manifestação da PMDD, como é o caso do  stress, de história de trauma interpessoal, alterações sazonais e aspetos socioculturais do comportamento sexual feminino.

Sabe-se ainda que as mulheres que utilizam contracetivos orais podem ter menos queixas pré-menstruais do que as mulheres que não usam contracetivos orais.

A PMDD pode ter um impacto profundo na qualidade de vida das mulheres. Os sintomas graves podem levar à incapacidade de cumprir as responsabilidades diárias, incluindo trabalho, educação e relações pessoais. Pode causar isolamento social, depressão e ansiedade.

O tratamento da PMDD é semelhante ao da TPM, mas muitas vezes requer abordagens mais intensivas. As opções de tratamento podem incluir também as mudanças do estilo de vida, a psicoterapia cognitivo-comportamental, tratamento farmacológico (como a pílula ou outros fármacos mais específicos)

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3. The NHS website. (s.d.). nhs.uk. http://www.nhs.uk