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Glossário / Delírio

Delírio

O que é?

O delírio é um fenómeno psicopatológico caracterizado por crenças falsas, persistentes e irredutíveis, mesmo quando confrontadas com evidências contrárias.

Essas convicções, conhecidas como delírios, estão fora do escopo da realidade e podem abranger uma ampla gama de temas, como paranoia, grandiosidade, ciúmes ou autorreferência, onde eventos externos são interpretados como tendo significados pessoais.

Sintomas

O delírio é um sintoma de outra patologia psiquiátrica. Este envolve a presença de crenças inabaláveis, muitas vezes bizarros ou implausíveis. Os delírios podem ser classificados em várias categorias, incluindo delírios persecutórios, nos quais o indivíduo acredita que está a ser perseguido, ou delírios grandiosos, caracterizados por uma autoestima exagerada.

O pensamento desorganizado e a falta de insight são frequentemente associados.

Causas

As causas dos delírios podem ser várias e incluem condições médicas, perturbações neuropsiquiátricos, uso de substâncias, trauma cerebral e perturbações psicóticas, como esquizofrenia. 

  • Perturbações Psicóticas:
    • Esquizofrenia: Doença psicótica grave que pode envolver delírios, alucinações e alterações do pensamento.
    • Perturbação Delirante Crónica: Caracterizada por delírios persistentes sobre situações que poderiam ocorrer na vida real, como crenças de ser perseguido, enganado ou amado à distância. O delírio normalmente está limitado a uma das áreas da vida da pessoa, com relativa funcionalidade nas restantes. 
  • Perturbações do Humor:
    • Perturbação Afetiva Bipolar: Em alguns casos, episódios de mania ou depressão graves podem levar ao desenvolvimento de delírios.
    • Depressão Psicótica: Em situações graves de depressão, podem ocorrer delírios, especialmente delírios de culpa ou ruína.
  • Perturbação de Stress Pós-Traumático (PTSD): Indivíduos que experimentaram traumas significativos podem desenvolver delírios como parte do quadro clínico da PTSD.
  • Perturbação do Uso de Substâncias:  O uso de substâncias como álcool, drogas ilícitas ou medicamentos pode induzir delírios.
  • Doenças médicas, não psiquiátricas:
  • Doenças Neurológicas: Lesões cerebrais, tumores, demência e outras doenças neurológicas podem afetar o funcionamento do cérebro e levar ao aparecimento de ideias delirantes.
  • Infecções Graves: Algumas infecções, especialmente aquelas que afetam o sistema nervoso central. Doenças Metabólicas, como disfunções da tiróide, desequilíbrios hidroeletrolíticos graves; e, ainda outras condições médicas agudas, como febre altas ou insuficiência hepática ou renal. 

O diagnóstico diferencial deve ser feito em conjunto com a equipa médica, envolvendo Psiquiatria.

Consequências

Os delírios podem ter consequências significativas para a qualidade de vida, impactando relacionamentos, ocupações e estabilidade emocional. Indivíduos com delírios podem experimentar dificuldades em interagir socialmente, manter empregos e realizar tarefas diárias.

As atividades diárias são impactadas pela interferência dos delírios na tomada de decisões e na execução de tarefas. Além disso, o estigma social pode contribuir para um sentido de isolamento e incompreensão.

Tratamento

O tratamento de delírios muitas vezes envolve uma abordagem combinada de medicamentos antipsicóticos e psicoterapia. Os antipsicóticos ajudam a controlar os sintomas, enquanto a terapia cognitivo-comportamental pode ser eficaz na exploração e gestão das crenças delirantes.

Em casos mais graves, o internamento pode ser necessário para avaliação e estabilização. O suporte social e a compreensão são cruciais para ajudar a pessoa a enfrentar os desafios decorrentes dos delírios, promovendo um ambiente mais favorável ao bem-estar.

Procurar ajuda profissional é fundamental para começar uma intervenção adequada e promover uma vida equilibrada e funcional.

Referências

  1. American Psychiatric Association. (2013). “Diagnostic and statistical manual of mental disorders (5th ed.).” Arlington, VA: American Psychiatric Publishing.
  2. Freeman, D. (2006). “Delusions in the Nonclinical Population.” Current Psychiatry Reports, 8(3), 191–204.

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